A Justiça de Goiás determinou o afastamento do vereador Cláudio José da Costa e de sua companheira, Mayara Rodrigues da Cunha, diretora do Departamento Municipal de Arrecadação de Caldas Novas, após uma denúncia do Ministério Público de Goiás (MPGO). Ambos são acusados de envolvimento em um esquema de fraudes que teria causado um prejuízo de quase R$ 180 mil aos cofres públicos.
A decisão judicial, que também resultou na exoneração do ex-servidor Mikael Nunes de Oliveira, foi tomada após a deflagração de uma operação para apurar os crimes. Segundo o MPGO, Mayara e Mikael, com a ajuda do vereador, teriam manipulado o sistema de arrecadação municipal para conceder benefícios fiscais ilegais a Cláudio e outros particulares, reduzindo o valor do IPTU de imóveis.
A investigação aponta que, entre março de 2023 e maio deste ano, Mayara usou o cargo para atender interesses de Cláudio, nomeando Mikael para facilitar o esquema. Em contrapartida, o vereador teria garantido vantagens salariais aos envolvidos.
Além do afastamento por 90 dias, a Justiça bloqueou os bens de Mikael e Mayara para assegurar o ressarcimento ao erário municipal. A prisão preventiva do vereador Cláudio, no entanto, foi revogada pela juíza Carolina Gontijo Alves Bitarães, que considerou não haver mais motivos para mantê-lo detido. Já Mikael continuará preso.
Segundo o MP, a medida cautelar visa preservar a moralidade e a dignidade da função pública, diante da suspeita de crimes. Mesmo afastado, o vereador continuará recebendo seu salário, mas terá restrições como a proibição de deixar o município sem autorização judicial e de manter contato com outros envolvidos, exceto sua companheira.
O Mais Goiás não conseguiu localizar as defesas para que se posicionassem diante do caso. O espaço permanece aberto.