seg, 23/12/2024 08:11

Hipocrisia, Eu quero uma pra viver

Hipocrisia, Eu quero uma pra viver

Qual a música perfeita para atual conjuntura do que estamos vivendo? Não é uma paródia do sucesso de Cazuza, nos anos 80, mas sim uma versão atualizada de Alter Ego, para nossa realidade.

Estamos em um momento onde se confunde liberdade com libertinagem e o “pode tudo” para uns e o “fique em casa” para outros. Um exemplo: a pandemia. Não podemos estudar e nem trabalhar, mas como em um passe de mágica, agora podemos nos divertir, nos aglomerar, porque ninguém aguenta mais, a pandemia.

Todo mundo foi vacinado, por isso estamos voltando para as ruas, pensando nas festas de final de ano e do carnaval. Por isso a cantora Anitta voltou a fazer shows, mas só para vacinados, porque negacionistas, segundo ela, não entram em suas festas. Claudia Leite e Daniela Mercury também eram a favor do #ficaemcasa, mas foi só vacinar que tudo voltou ao normal?

A pergunta é feita, justamente, porque o cenário parece se repetir, como em 2019, a pandemia no mundo crescendo assustadoramente, matando pessoas, sem respostas para o vírus, entulhando corpos, como na Itália, entre outros exemplos e nós brasileiros, se preparando para o carnaval, a festa mais popular do país, em uma espécie de um camarote VIP, olhando o vírus lá de cima.

Foram apontados vários culpados, entre eles, o governo federal, políticos, médicos, cientistas ou qualquer outro que pensasse diferente do grupinho #fiqueemcasa. Automaticamente já ganhava o apelido de negacionista ou pior genocida. Agora, o grupinho do #fiqueemcasa, ignora a 4ª onda, já anunciada pela própria OMS (Organização Mundial de Saúde).

Empresas, indústrias, o fomento em geral, inclusive quem está lá na ponta de baixo, como o ganha pão do seu Zé do espetinho e outros milhões de brasileiros e pequenos negócios que empregam mais de 70 por cento de pessoas no Brasil, correm o risco novamente de serem apontados como os grandes vilões pelo caos na saúde.

Os hipócritas que ajudaram a travar a economia, agora aparecem sorrateiramente e ignoram a nova variante Ômicron, porque para o grupinho do #fiqueemcasa, que precisa ganhar dinheiro, como nós também precisamos, é só ter cuidado que a vida não pode parar, pelo menos até o carnaval.

 

 

Ricardo Martins

Jornalista / Comunicador

Felipe Fernandes