O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden (Democrata) desistiu da corrida pela reeleição. A desistência foi anunciada por meio de comunicado. Nas últimas semanas, democratas vinham perdendo a fé nas condições mentais e a na habilidade de Biden de concorrer à Casa Branca.
“Foi a maior honra da minha vida servir como seu presidente. E embora tenha sido minha intenção de buscar a reeleição, acredito que é do interesse do meu partido e do país para mim renunciar e concentrar-me exclusivamente no cumprimento dos meus deveres como Presidente durante o resto do meu prazo”, diz o comunicado.
Biden afirmou, também, que seguirá com seu mandato até janeiro de 2025.
Campanha
No primeiro debate presidencial contra Donald Trump, Biden teve um desempenho desastroso, o que fez com que democratas questionassem sua continuidade na campanha. Na ocasião, o presidente reforçou a aliados que precisava convencer o público sobre estar apto a concorrer à reeleição.
Nos Estados Unidos, veículos tradicionais como The New York Times pediu, em editorial, a desistência de Biden na corrida. Além do Times, artistas como o ator George Clooney, um dos responsáveis por arrecadar fundos para a campanha Democrata, pediu para que o presidente desistisse da corrida.
Pesquisa feita pela Reuters/Ipsos, publicada no dia 2 de julho, aponta que um em cada três democratas acredita que Biden deveria encerrar sua campanha de reeleição. Porém, nenhum candidato democrata eleito se sai melhor que ele em um confronto contra Donald Trump.
Outro levantamento aponta desvantagem do presidente em relação ao seu rival, Donald Trump. Trump tinha 43% das intenções de voto contra 41% de Joe Biden. A pesquisa feita pela Reuters/Ipsos aconteceu dois dias após o atentado contra Trump.
Possíveis substitutos
De acordo com a mídia norte-americana, discussões internas sobre possíveis substitutos para Biden começaram na madrugada do dia 28 de junho.
Kamala Harris, atual vice-presidente dos Estados Unidos, é um dos nomes mais mencionados como possível substituta de Biden. Apesar de integrar a chapa presidencial para 2024, Harris enfrenta desafios relacionados à sua aprovação na gestão atual.
Gavin Newsom, governador da Califórnia, também é considerado uma opção viável. Embora tenha declarado apoio contínuo a Biden, seu nome foi amplamente citado pela mídia como uma possível alternativa caso o partido precise de uma mudança.
Gretchen Whitmer, governadora de Michigan, emergiu como outra possível candidata. Aos 52 anos, Whitmer já havia sido cogitada como vice de Biden em 2020, e agora seu nome volta a ser ventilado para a eleição de 2024.
JB Pritzker, governador de Illinois, ganhou destaque entre as alas progressistas por suas políticas pró-aborto seguro, direitos LGBTQIA+ e controle de armas. Ele também foi mencionado como um potencial substituto para Biden.
Nas redes sociais, democratas sugeriram nomes de peso como Hillary Clinton, candidata presidencial em 2016, e a ex-primeira-dama Michelle Obama, como possíveis opções para a corrida presidencial.
Segundo especialistas, tirar Biden da disputa enfraquece mais a imagem do democrata demonstrando que a tese que ele é incapaz de governar os Estados Unidos. Agora, com a desistência, qualquer substituto saíra em desvantagem contra Trump, que já era favorito para ganhar a presidência.