seg, 23/12/2024 12:28

MPGO deflagra operação relacionada a fraudes em 7 jogos de futebol

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e a Coordenadoria de Segurança Institucional e Inteligência (CSI), do Ministério Público de Goiás (MPGO), deflagrou nesta terça (28/11) a Operação Penalidade Máxima III com a finalidade de cumprir 10 mandados de busca e apreensão em oito municípios de cinco Estados visando apurar a prática de condutas ilícitas que podem configurar organização criminosa para fraudar resultados de partidas de futebol.

Estão em investigação possíveis fraudes nos resultados das seguintes partidas:
– Avaí x Flamengo, pela Série A do Brasileirão de 2022;
– Náutico x Sampaio Corrêa, pela Série B do Brasileirão de 2022;
– Náutico x Criciúma, pela Série B do Brasileirão de 2022;
– Goiânia x Aparecidense, pelo Goianão de 2023;
– Goiás x Goiânia, pelo Goianão de 2023;
– Nacional x Auto Esporte, pelo campeonato paraibano de 2023;
– Sousa x Auto Esporte, pelo campeonato paraibano de 2023.

As partidas dos campeonatos nacionais são referentes ao segundo turno. As dos estaduais ocorreram em janeiro e fevereiro.

Os mandados, expedidos pelo juízo da 2ª Vara Estadual dos Feitos Relativos a Delitos Praticados por Organização Criminosa e Lavagem ou Ocultação de Bens Direitos e Valores, são cumpridos nos municípios de Goiânia, Bataguassu (MS), Campina Grande (PB), Nilópolis (RJ), Santana do Parnaíba (SP), São Paulo (SP), Volta Redonda (RJ) e Votuporanga (SP).

A operação de hoje é desdobramento das Operações Penalidade Máxima I e II, deflagradas em fevereiro e abril de 2023, respectivamente, e que resultaram, até o momento, no oferecimento de três denúncias recebidas pelo Poder Judiciário, com 32 pessoas acusadas de crimes de integrar organização criminosa e corrupção em âmbito desportivo.

O MPGO investiga condutas em que grupo criminoso visava aliciar jogadores profissionais com oferta de valores financeiros elevados para realização de eventos como punição com cartão amarelo, vermelho, cometimento de pênalti ou placar parcial na partida, o que viabilizava aos seus integrantes obter lucros em sites de apostas esportivas. Segundo o MP, maiores detalhes sobre a operação não serão divulgados neste momento.

Lorena Moreira